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“Hier stehe ich  

und kann nicht anders.

Gott helfe mir, Amen!” 

"Aqui estou e outra coisa não poderia fazer.

Que Deus me ajude, Amém!

Nota Pública da Associação Luteranos Herdeiros de Worms

Sobre a Nota de Apoio à Luta Contra o Arbítrio e a Intolerância

Solidariedade à Pastora Lusmarina e ao Pastor Inácio

                            

                           

Ainda sobre os casos do P. Inácio e da Pa. Lusmarina, temos nos manifestado sobre os fatos que envolvem o ministro ativo (P. Inácio) e a ministra licenciada da IECLB (Pa. Lusmarina).

 

Os dois fatos, para lembrar, referem-se à visita ao Ex-Presidente Luis Inácio Lula da Silva, encarcerado na sede da Polícia Federal, em Curitiba/PR, onde o P. Inácio se apresentou como 2º Pastor Vice-Presidente, Pastor Sinodal e Presidente em Exercício do CONIC e da Pa. Lusmarina, ministra licenciada da IECLB, que participou da Audiência Pública do STF sobre ação que visa descriminalizar o aborto, onde foi apresentada como Pastora Luterana da IECLB.

 

O P. Inácio Lemke afirmou enfaticamente que levaria a defesa do “Movimento Lula Livre” para dentro das comunidades luteranas e a Pa. Lusmarina defendeu a liberdade abortiva até doze semanas de gravidez, trazendo uma releitura do 5º Mandamento “Não Matarás”, alterando seu contexto.

 

Depois de um período de debates calorosos sobre os temas e um período de calmaria, com alguma frequência, somos deparados com o “requentamento” destes fatos e a apresentação de moções de apoio ao P. Inácio e à Pa. Lusmarina, por entidades e organizações para-eclesiásticas, mas com um vínculo estreito com a igreja.

 

Não foi por menos que, no dia 05 de Setembro, novo manifesto foi emitido e assinado por diversas entidades, manifestando apoio à causa levantada por Inácio e Lusmarina.

 

Talvez, de forma sorrateira e inteligente, entidades vinculadas à IECLB não tenham assinado o manifesto, mas sutilmente tem distribuído e compartilhado o mesmo, como se assinado tivessem.

 

É o caso do FLD – Federação Luterana de Diaconia que, ao compartilhar e apoiar, é como se assinado tivesse.

 

Entendemos e aqui ratificamos nossa posição, que estes manifestos revelam desconhecimento, orientações casuísticas ou má fé de quem patrocina estes manifestos de apoio ou até de quem compartilha e dá guarida.

 

O tema da IECLB – Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, para o ano de 2018 “Eu Sou o Senhor Teu Deus (Êxodo 20.2a) – Igreja – Economia – Política” é pertinente na medida em que a igreja deseja discutir o seu papel no cenário político e econômico brasileiro.

 

Mas, tal discussão não permite que se extrapole para além do meio confessional de origem e com enfoques ampliados e desvirtuados o que originalmente é a base da nossa fé.

 

Ao assumir funções ministeriais dentro da IECLB, é requisito a formação teológica adequada e reconhecida e o compromisso de ser expressão fiel da confessionalidade luterana, cumprindo com os documentos normativos e de base teológica da IECLB.

 

Estes normativos são um conjunto de documentos aprovado pelo Concílio Geral e do qual participam representantes leigos e ordenados da igreja. Além disso, várias Cartas Pastorais expressam o pensamento confessional sobre estes normativos.

 

Destacamos a Carta Pastoral da Presidência da IECLB “Discernimento Ético – Uma Perspectiva Evangélica de Confissão Luterana – 2009”, de 11 de Março de 2009, que testifica a expressão do mal no ato do aborto a qualquer tempo. Também destacamos o Estatuto do Ministério com Ordenação da IECLB – EMO, que estabelece a sujeição a penalidades que podem culminar com a cassação do Certificado de Habilitação ao Ministério de todos aqueles que demonstrarem falta de zelo pela pureza da doutrina, que atuarem em franca desobediência aos regulamentos da Igreja e que expressarem posição político-partidária que promova divisões no meio comunitário da sua Igreja, prejudicando o bom relacionamento dos membros entre si e pela sua convivência no respectivo CAM, entre outros.

 

Com base nestes normativos e na fidelidade aos princípios originais da fé luterana, permanecemos motivados a clamar pelo reto e objetivo direcionamento de reações na Igreja, haja visto que os fatos são amplamente comprovados com fotos, filmes e declarações, com base em um conjunto de documentos regulamentares que alcança a todos os membros em igualdade de condições e de uma Igreja que se denomina de Confissão Luterana no Brasil.

 

Sendo assim, não temos como agir de outra forma, senão continuar apontando e denunciando as iniciativas de ministros ordenados, setores da IECLB ou instituições com algum vínculo com a IECLB ou que tenham integrantes da IECLB em seus quadros, mantendo o apoio a estas manifestações que vão contra os princípios luteranos.

 

A FLD – Fundação Luterana de Diaconia, ainda que organização jurídica independente da IECLB, é sucessora do antigo Serviço de Projetos da IECLB e, como tal, tem na sua gênese os princípios luteranos.

 

Alegar que “a liberdade de pensamento e de expressão são fundamentos da convivência e reconhecidos como direitos humanos protegidos constitucionalmente”, no contexto dos casos do P. Inácio e da Pa. Lusmarina, supõe que está sendo questionada a manifestação contrária de todos aqueles que enviaram suas cartas de repúdio e cartas oficiais, solicitando posicionamento da Presidência da IECLB com relação aos fatos, ao que a Presidência se manifestou, ainda que, no nosso entender, de forma tangencial e sem encaminhamentos concretos.

 

Não questionamos a liberdade pessoal e individual do P. Inácio e da Pa. Lusmarina de se manifestarem como bem entenderem, sob o risco de arcar com as consequências de suas manifestações. O que não pode acontecer é que estas manifestações ocorram usando o nome da IECLB (e ambos usaram), como se em nome desta eles estivessem falando. Alegar a liberdade de pensamento e expressão, nestes casos é um atentado à convivência com base na ética, na moral e nos bons costumes.

 

Os signatários da nota alegam se aliar aos que se manifestaram enfaticamente na defesa da liberdade e da justiça, da igualdade e da dignidade de todos que sofrem por tomar posição e se somar aos muitos que nas ruas formam coalizões que lutam para que os direitos humanos sejam mais do que uma promessa e se transformem em vida em abundância.

 

Ora, tal afirmação chega a destoar, na medida em que se defende a vida em abundância, mas também se defende a posição de quem ousou mudar o 5º Mandamento – “Não Matarás”.

 

Não temos como ser alinhados a este discurso visivelmente originado nas teses gramscistas, que não têm como caminhar ao lado dos ideais luteranos e cristãos.

 

Trata-se de interpretações sem nexo, que visam confundir a opinião pública, para dar espaço a um projeto político-partidário e não a visões alinhadas com a doutrina luterana e cristã. Ousamos afirmar que não passam de ilações e devaneios, que serão combatidas sempre que apresentadas.

 

Aqui estamos, e outra coisa não poderíamos fazer,

 

 

Respeitosamente,

Petrópolis/RJ, 14 de Setembro de 2018

 

Associação Luteranos Herdeiros de Worms

Para fazer o download do documento, clique aqui...

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