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Carta Aberta à FLM

A presente manifestação tem por objetivo ser uma reação e contraponto à mensagem do Secretário Geral da Federação Luterana Mundial (FLM), Rev. Dr. Martin Junge, relativa aos supostos ataques dirigidos à Pastora Presidente  Silvia Genz e outras lideranças e instituições da IECLB – Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil.

Prezados irmãos em Cristo Jesus,

A presente manifestação tem por objetivo ser uma reação e contraponto à mensagem do Secretário Geral da Federação Luterana Mundial (FLM), Rev. Dr. Martin Junge, relativa aos supostos ataques dirigidos à Pastora Presidente  Silvia Genz e outras lideranças e instituições da IECLB – Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil.

Segundo o Rev. Junge, está em curso uma escalada de ataques, utilizando "discurso de ódio" e "violência verbal" contra certas lideranças e instituições da IECLB.

Nós, membros integrantes da Diretoria da Associação Luteranos Herdeiros de Worms (ALHW), entendemos que o que é denominado e caracterizado como sendo "discurso de ódio" e "violência verbal", nada mais é do que legítima manifestação, democrática e cristã, em repúdio aos desvios que se observam e que continuam em curso no seio da instituição IECLB. Desvios esses, praticados pela liderança nacional e alguns pastores, inclusive sinodais, e por algumas instituições da IECLB. São desvios que se caracterizam pela inobservância dos propósitos originais, especialmente no que se refere ao EMO – Estatuto do Ministério com Ordenação da IECLB, com destaque para o artigo 44, que estabelece:

 

Art. 44 – Em questões político-partidárias, a ministra ou o ministro atuará com o devido resguardo do seu ministério e do seu CAM, sem, entretanto, renegar a tarefa de promover o bem estar do ser humano à luz do evangelho.

Parágrafo único – As preferências partidárias pessoais da ministra e do ministro não deverão prejudicar o bom relacionamento dos membros da Comunidade, entre si, e a sua convivência com o CAM.

 

Entendemos que a base para a missão da IECLB está na propagação do Evangelho de Jesus Cristo, sem releituras ou interpretações, de acordo com o que a própria Constituição da IECLB diz em seu art. 3º, tendo por referenciais únicos Jesus Cristo (Solo Christus), a (Sola Fide), as Sagradas Escrituras (Sola Scriptura) e a Graça (Sola Gratia), para a Glória única de Deus (Solo Deo Gloria), aliados à falta de transparência em decisões tomadas de forma arbitrária, desrespeitosa e que atingem, em cheio, a vida dos membros que integram a IECLB.

Esse desrespeito se materializa, de forma pública e notória, quando os Documentos Normativos e, especialmente, a Constituição da IECLB são flagrantemente ignorados.

 

Há registros de várias situações que geraram, e continuam gerando, desconforto e até revolta quando esses membros são informados e/ou tomam conhecimento dos abusos cometidos por pessoas que ocupam cargos na esfera de poder da IECLB.

 

Nesses abusos se incluem também preocupantes aspectos bíblicos, doutrinários, teológicos e de confessionalidade luterana, que estão sendo corrompidos de forma sistemática, pública e notória, justamente por aqueles que estão investidos da autoridade e que assumiram o compromisso de zelar pela sua fiel aplicação e preservação.

 

O que se observa é que os poucos que se propõe a denunciar essas incoerências e abusos, sofrem tentativas de amordaçamento. Muitos se retiram para o silêncio. Outros se afastam da vida da Igreja. Ainda outros se desligam da IECLB. E um considerável número de membros sequer sabe o que está acontecendo na IECLB, ficando apenas com o que é comunicado na comunidade local. Ocorre, porém, que, com o advento das redes sociais, essa realidade está mudando. As informações estão sendo disponibilizadas, fazendo com que as narrativas sejam confrontadas com os fatos.

 

As informações repassadas, ora nas redes sociais, ora em portais e homepages oficiais ou por intermédio de Cartas Abertas e cartas circulares às comunidades e lideranças comunitárias, são obtidas diretamente das publicações de pastores, dirigentes de instituições ligadas à estrutura da IECLB ou de vídeos veiculados pelos seus autores e, portanto, manifestações públicas, que estão sendo disponibilizadas à base da igreja, por intermédio de grupos públicos ou reservados (estes em função de represálias de diferentes fontes ligadas à IECLB), para que, cientes dos fatos, possam eles cobrar dos seus pastores, presbitérios e - por que não? - dos pastores sinodais e Presidência da IECLB, coerência ao evangelho e aos atos normativos da IECLB.

 

Esse conflito entre discurso e prática não pode ser tratado como sendo "discurso de ódio" ou "violência verbal"!

Finalmente, não pode ser desconhecido que, se manifestações de repúdio existem por parte de entidades organizadas ou não, denunciando decisões formais ou informais (por omissão), que desagradam às autoridades eleitas e investidas com poderes de gestão e diligência quanto à guarda do que torna una e perene a confessionalidade luterana, é fundamental que, ao se manifestar contrariamente, a administração e/ou seus porta-vozes oficiais ou não, declinem, com clareza, a quem ou a o quê se referem.

 

É como se pronuncia quanto à manifestação da FLM, a Associação Luterana Herdeiros de Worms.

 

Justiça seja feita!!!

 

 

Petrópolis, 24 de Julho de 2021.

 

Associação Luteranos Herdeiros de Worms

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